domingo, 22 de junho de 2014

Sobre a estréia de Nijinsky em 1912

Artigo sobre a estréia do fauno em 1912 e algumas de suas  subsequentes apresentações em países diversos.

L'aprés Midi d'un Faune May 29, 1912.


L'Apres-midi d'un faune was choreographed by Vaslav Nijinsky for the Diaghilev Ballets Russes and was first performed in Paris on May 29, 1912, with Nijinsky dancing the role of the Faun. Both the ballet and score to which it was set, Claude Debussy's 'Prelude a l'apres-midi d'un faune', were inspired by the poem of the same title by Stephane Malarme. Design was by Leon Bakst. Choreographic features of the work include a frieze-like archaic design, profiled stance, and alternation of movement and pose. The spare libretto centres on the faun's meeting and flirtation with nymphs, and the piece concludes with a scene of simulated masturbation that scandalized early audiences.



The de Basil Ballets Russes revival of L'Apres-midi d'un faune premiered in London on October 2, 1933, and Australian audiences first saw the work during the 1936-1937 tour by the Monte Carlo Russian Ballet. Its first performance was in Adelaide on October 20,1936. The review in The Advertiser the following day noted that the work 'struck a new note in ballet', and hailed Leon Woizikowsy as 'magnetis[ing] the audience with his amazing delineation of the part of The Faun'. The ballet was subsequently seen in Sydney and Melbourne. During the second Ballets Russes tour by the Covent Garden Russian Ballet a truncated solo version was performed by David Lichine in a 'principles only' farewell gala in Sydney on 27 April 1939.

Fonte:
 http://www.russianballethistory.com/maymonthlyfeatures.htm

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Nijinsky

As produções artísticas sobre a coreografia "L'aprés midi d'un Faune" ilustram ou reforçam a importância e a potência desta obra que já completou um século de existência. É a força imagética, criadora e simbólica atravessando a linha do tempo.
Nas ilustrações abaixo, Joy Kirton-Smith, artista inglesa traduz o Fauno para desenho em papel.


Fonte das imagens:
http://www.libertygalleries.com/contents/en-uk/p3341_Joy_Kirton_Smith_L%27apres_Midi_D%27un_Faune_I.html

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lendo imagens com Fernando Pessoa

No curso "Prática Junguiana - Aprofundamento", o texto de Fernando Pessoa foi lido pela professora e psicóloga Elizabeth Melo, como inspiração para o debate e produção de imagens. A imagem abaixo também foi fornecida por ela.


Para ler imagens

O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um morto para eles.
A primeira é simpatia; não direi a primeira em tempo, e cito por graus de simplicidade. Tem o intérprete que ter simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar. A atitude de cauta, a irônica, a deslocada - todas elas privam o intérprete da primeira condição para poder interpretar.
A Segunda é a intuição [...]. Por intuição se entende aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.
A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, ordena, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que faze-lo depois que se usou da simpatia e da intuição. Um dos fins da inteligência, no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação do que está embaixo. Não poderá fazer isso se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição a não tiver estabelecido. Então a inteligência de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.
A Quarta é a compreensão, entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionados com vários outros Símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a compreensão é uma vida. Assim aceitos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.
A Quinta é menos definível. Direi talvez, falando a uns que é a graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros que é o Conhecimento e Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo cada uma destas coisas, que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo.
Fonte:
Fernando Pessoa, Obras Completas, Rio de Janeiro: Nova Aguilar S. A , 1986, p. 4)