Dedico essa postagem a duas pessoas especiais, Lili e Raul, donos das vozes que me acordaram com essa canção tão especial, que tem ainda embalado meus dias.
[...]
É preciso amor
P'ra poder pulsar
É preciso paz p'ra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
[...]
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
[...]
(Tocando em Frente - Almir Sater)
Durante o Simpósio fui acordada com essa música cantada e tocada no violão, foi delicado e mágico!
Além de ser uma belíssima composição, algumas palavras ficaram ressoando e reverberando sentidos que, para mim naquele momento e ainda hoje, remetem ao processo de individuação.
O processo de individuação é a realização do homem em tornar-se o que é seu objetivo, sua natureza. Ao contrário da música, não é apenas seguir em frente; mas seguir em frente, apesar do que possa surgir como imagem, inquietação, projeção e intuição.
" 'Tornar-se o que se é' não significa tornar-se plano, harmônico, polido, mas sim aceitar cada vez mais em si o que se é: o homogêneo na própria personalidade juntamente com 'as quinas e cantos' ". (KAST, 1997)
Fonte:
KAST, V. A Dinâmica dos Símbolos: fundamentos da psicoterapia junguiana. São Paulo: Loyola, 1997.
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