A Lifetime Photograpy - Mila Kucher |
"Os
sonhos fornecem informações extremamente interessantes a quem se
empenhar em compreender o seu simbolismo. O resultado, é verdade,
pouco tem a ver com preocupações mundanas como comprar e vender.
Mas o sentido da vida não é explicado pelos negócios que se fez,
assim como os desejos profundos do coração não são satisfeitos
por uma conta bancária."
C.G.Jung
Desde que entrei em contato com Jung e a Psicologia Analítica, os sonhos, que já eram intensos e frequentes em minhas noites, passaram a ocupar momentos dos meus dias também. Segundo Jung, os sonhos tem uma importância simbólica, as vezes se antecipando aos acontecimentos. Nunca me preocupei muito com a predição e sim com os símbolos que surgiam, e no que eles me provocavam de sensações, reflexões e criações; sinalizando o movimento e o percurso da minha psique, que gosto de pensar como "o meu eu".
As vezes, os sonhos me deixam por um tempo sossegada e sem avisar retomam a linguagem silenciosa que me revolve. No período da pesquisa no Mestrado onde idealizei e construi um processo coreográfico baseado nos sonhos que aconteciam simultaneamente a pesquisa, vivi uma torrente de imagens que foram assumindo formas e se transformando em movimento. Depois da pesquisa não fui capaz de abandonar meus sonhos e sempre que eles retornam, sinto-me movida por essa força tão potente que é o inconsciente, movedor deste blog.
Essa postagem tem a ver com esse retorno, o sonho que reapareceu, e com ele uma figura que faz parte de mim, eu o chamo "O homem de preto".
"[...] Não sei onde isso começa, pois tenho a sensação de uma história que aconteceu e se perdeu. A única parte que lembro, é a de que eu estou na casa dos meus pais em Petrópolis, sózinha. É verão ao entardecer, o sol já se pôs e a tarde é clara com um céu azul muito pálido. A casa é grande com muitas janelas e portas de vidro, o que traz uma sensação de transparência muito grande, está tudo aberto por que faz calor. Uma encomenda vai ser entregue e eu tenho que recebê-la, no entanto, quando a encomenda chega, eu sinto um medo muito grande, corro e tranco uma das portas abertas. Através da vidraça vejo parte das pernas de um homem (o entregador) que usa calças listradas (azul e branca). Só vejo parte por que ele é um gigante o que me dá mais medo ainda, e a roupa que usa é de alguma instituição de internação, não sei se hospital, ou prisão. Tento me esconder na sala de estar atrás de algumas caixas, onde me abaixo e fico quieta segurando a respiração. Pelo vidro aberto da porta, um outro homem estica o pescoço e parece me ver. Ele também veste a mesma roupa listrada, só não é gigante e no quintal tem mais quatro homens. Sinto um desespero muito grande de ser descoberta e de repente parece que eu uso também a mesma roupa. Acordo assustada." (01/01/2013)
Nesse sonho, identifico "O homem de preto" como o homem que estica o pescoço para me ver, como se presentisse minha presença, e pudesse me ameaçar.
Fonte
da imagem: http://highlike.org
Data
de Acesso: 03/01/2013
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Dia 06 de janeiro de 2013
Acordei hoje, já pela manhã e sabia que tinha sonhado. Tentei me manter no meio termo entre o sono e a consciência, para ver se conseguia o resgate do sonhado. Em vão, nesse espaço de tempo que é impossível calcular (podem ser segundos ou muitos minutos) outros desejos surgiram, idealizações, imaginações, e o resquício de sonho esvaiu-se. Depois de desperta e já ciente da perda, duas palavras se materializaram: um lugar com uma ação.
Fiquei desdobrando de que o sonho aconteceu em um lugar importante; e neste lugar acontecia alguma coisa "ação" que era igualmente importante. Fiquei com uma sensação de cor cinza; não sei se era a cor de algo que sobressaia no sonho ou se ele foi em preto e branco.
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Dia 08 de janeiro de 2013
Não tenho conseguido segurar os sonhos, eles se vão como se fossem grãos de areia muito finos, que escorregam pelos meus dedos. Não sei se é o momento em que vivo com muitas preocupações, obrigações e anseios.
Da noite de hoje fiquei apenas com uma imagem, um moinho de água. Lembro desse moinho em movimento e a água que caia de uma altura para outra. Era dia pois havia luz e em alguns momentos via reflexos na água. Não sei se no sonho escutava o barulho da água, mas fiquei o dia todo com essa sensação.
Depois de já totalmente acordada fui procurar uma imagem que pudesse somar as minhas impressões e achei esta:
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Dia 06 de janeiro de 2013
Acordei hoje, já pela manhã e sabia que tinha sonhado. Tentei me manter no meio termo entre o sono e a consciência, para ver se conseguia o resgate do sonhado. Em vão, nesse espaço de tempo que é impossível calcular (podem ser segundos ou muitos minutos) outros desejos surgiram, idealizações, imaginações, e o resquício de sonho esvaiu-se. Depois de desperta e já ciente da perda, duas palavras se materializaram: um lugar com uma ação.
Fiquei desdobrando de que o sonho aconteceu em um lugar importante; e neste lugar acontecia alguma coisa "ação" que era igualmente importante. Fiquei com uma sensação de cor cinza; não sei se era a cor de algo que sobressaia no sonho ou se ele foi em preto e branco.
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Dia 08 de janeiro de 2013
Não tenho conseguido segurar os sonhos, eles se vão como se fossem grãos de areia muito finos, que escorregam pelos meus dedos. Não sei se é o momento em que vivo com muitas preocupações, obrigações e anseios.
Da noite de hoje fiquei apenas com uma imagem, um moinho de água. Lembro desse moinho em movimento e a água que caia de uma altura para outra. Era dia pois havia luz e em alguns momentos via reflexos na água. Não sei se no sonho escutava o barulho da água, mas fiquei o dia todo com essa sensação.
Depois de já totalmente acordada fui procurar uma imagem que pudesse somar as minhas impressões e achei esta:
Fonte: http://flickriver.com/photos/tags/am%C3%A2ncio/interesting/
Data de acesso: 08/01/2013.
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Dia 20 de janeiro
Começando com imagens que me remetem ao universo onírico...
Hoje sonhei e lembrei....
Na primeira parte do sonho, eu estou em um lugar aberto e claro, parece uma fazenda, e eu estou na varanda de uma casa baixa. Só vejo o que está a minha frente, é um campo com mato rasteiro e tem muitas crianças neste lugar, elas brincam de jogar bola. Não vejo os rostos, mas sei que estão lá. Como é comum entre elas, elas perdem a bola em lugares ao redor e não vão buscar. Vejo várias bolas brancas em tufos de mato ao redor da varanda. resolvo ir buscar as bolas. Tenho que descer um barranco e cruzar uma estrada de terra para chegar onde estão as bolas. Escuto as risadas das crianças e olhando ao redor, vejo uma mata fechada a minha frente, uma floresta tropical.
Na segunda parte do sonho, o ambiente é escuro, parece um entardecer e chove muito. Ando por ruas e elas estão enchendo de água. Conforme vou andando, cruzando ruas, o nível da água vai subindo. Vejo pessoas com medo e elas também parecem escurecidas. Quando chego ao prédio onde eu moro (é um antigo prédio que morei) o nível da água é muito alto e perigoso. Existem tapumes de madeira que tentam fazer uma barreira para a água, mas não parece adiantar muito. Tento chegar na portaria, surge um político corrupto querendo negociar alguma coisa. Tenho uma sensação muito ruim de perigo e eminência de morte.
Acordo nesse momento e com essa sensação.
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Dia 02 de fevereiro
Alguns sonhos são tão fortes e carregam imagens tão potentes que me calam. Hoje estou assim calada pela ação do inconsciente, não sei o que ele quer me dizer, mas entendo que não é algo fácil.
A lembrança do sonho desta noite começa com muitas luzes, como se fossem muitos faróis que vinham em minha direção e me cegavam. Entendi depois que eram faróis de carros, (pareciam muitos), e que eu tinha sido atropelada.
Depois estou dentro de um ônibus, eu sento sempre no primeiro banco solitário e fico em silêncio, tudo está em silêncio. O Ônibus vaga por ruas muito escuras, parece que só nele há luz. Eu desço de um ônibus e entro em outro, faço isso muitas vezes, parece que eu estou vagando. Nesse momento reparo que os motoristas sempre escolhem um lugar melhor para eu descer. Desço do ônibus e me vejo caminhar com muita dificuldade, percebo que minhas pernas estão tortas e deformadas. Penso com tristeza: "Estou aleijada, e minha dança?"
Luzerna significa clarão de luz, forte e intenso.
Essa postagem, chamei de Luzerna, por causa das luzes muito fortes do sonho desta noite, que acabei associando com essa lenda.
Segundo os moradores e frequentadores de caminhadas noturnas, as Luzernas as vezes apareciam no escuro da floresta, luzes que eram algum tipo de assombração. Quando alguém via uma Luzerna, não podia falar dela, apontar ou ficar olhando, pois elas vinham em cima, como num ataque.
Procurando pela descrição desta lenda achei pouca coisa, poucos relatos
"No Vale de Santa Luzia a Luzerna vivia andando à noite nas estras e trilhas da região em plena escuridão. E vez em quando passava por dentro do povoado Barrinha de Santa Luzia, quando ainda não tinha eletricidade e assustava os moradores. A Luzerna é uma bola de luz que fica flutuando pelas estras e caminhos, de longe parece um farol de automóvel."
Fonte: http://imitaideias.wordpress.com/2011/09/23/mitos-e-crendices-no-vale-de-santa-luzia/
"Luzernas no popular do imaginário popular nordestino se refere a duas luzes que se degladiam a noite inteira batendo uma contra a outra (seria a alma de dois cumpadres que morreram sem se falar). Em alguns casos essas aparições partem para cima dos mais curiosos que tentam ver de perto o que está acontecendo, daí vem o nome de Fogo Corredor."
Fonte: http://aquidenois.blogspot.com.br/2012/06/lenda-popular-voce-sabe-o-que-e-luzerna.html
Fonte da Imagem: http://ficcaoc.blogspot.com.br/
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Dia 08 de Março
Na aula do Adilson, um movimento que ele fez esfregando os dedos foi a conexão necessária para que um sonho da noite passada viesse a lembrança consciente.
Neste sonho, eu tenho que dançar algo e sinto que tudo o que faço é superficial e vazio. Os movimentos não são bonitos e nem fazem sentido algum. Durante esse momento de tentativa de movimento surge o movimento de mãos de Biurá com as contas. Parecia que me encontrava, pois todo movimento parecia ter sentido e mais que isso eram movimentos simbólicos, que eu não conseguia explicar, mas me deixavam em um estado muito intenso de sentimentos que se aproximavam do sagrado.
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Dia 14 de Março
Não anotei logo o sonho e perdi uma parte.
Existe uma cor que prevalesce no sonho, é o vermelho.
Lembro de entrar em um lugar, como se fosse um forte militar americano (dos filmes de faroeste), mas não era um forte. Esta construção tinha dois andares e pessoas moravam lá. Essa construção tinha uma forma quadrada com um grande espaço livre no meio. Dois homens me conduziam, havia traços de vermelho em suas roupas, e eles eram muito baixos, pareciam anões.
Em um outro momento, eu estou em um lugar, parece um auditório, ou um local fechado onde um homem discursa. Existem muitas pessoas escutando, acho que são seguidores, e parece que o que ele fala é algo proibido. Existe uma atmosfera de medo e mistério no ar.
Este homem é um lider, é branco e usa roupas brancas. Me surpreendo, pois eu acho que ele é o "homem de preto"
Acho que ele me olha e também me reconhece.
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Dia 17 de Março
Antes que a brecha se feche e eu esqueça o pouco que restou.....
Sonhei que havia um balde grande com água e roupas brancas que eu tinha lavado. De repente uma cobra preta cai por cima das roupas e some na água por entre as roupas.
Estranho não ter sentido medo pela cobra, e sim chateação e raiva por ter que lavar as roupas de novo.
Em um segundo momento do sonho, eu saio no quintal da minha casa em Petrópolis. Está escuro, tem muitas plantas, árvores, é noite. Existe um mistério , um sentimento de apreensão no ar. Sei que tem muitos bichos ali, um grilo gigante eu consigo ver, os outros não. Sinto medo, muito medo!!!
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Dia 22 de Março
Estou no ônibus indo para Campinas e no caminho durante a viagem, Beth vai me dando as orientações dos lugares onde acontecerão várias defesas. São lugares diferentes e distantes. São cavernas escuras e escondidas. Não entendo por que a escolha desses lugares. Parece que é preciso se esconder e proteger, mas não sei do que ou porque.
Nessas cavernas existe sempre uma chama amarelada, parece ser uma fogueira muito antiga. Curioso que chegamos nos locais, ficamos um tempo e depois saimos, sem que ninguém pronuncie uma palavra.
De volta a estrada, uma construção grande me chama a atençao. São vários prédios iguais, mas são tantos que quase formam uma cidade. Eles são de um tom azul muito forte, e eu pergunto o porque de tanto azul. Alguém me responde que tudo e todos pertencem a uma jazida de água-marinha.
Pego uma pedra bruta de água-marinha em minhas mãos. Ela foi cortada ao meio, e é mutio descrepante a diferença entre seu interios e exterior. Enquanto o exterior é bruto, acinzentado com restos de musgo verde; o seu interior é muito brilhoso, de um azul muito pálido e várias pontas irregulares.
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Dia 24 de Março
Acordei no meio da noite e passei o roteiro do sonho. Eram dois acontecimentos diferentes e fiz questão de passá-los mais de uma vez para não esquecer, mas não anotei nada. Logo adormeci de novo, e ao acordar me dei conta de que havia perdido os sonhos.
Fiquei com apenas uma imagem/cena de um sonho, que não sei se aconteceu depois, ou se faz parte dos dois que tentei registrar.
A imagem que ficou é de uma ferida aberta. Olho para o meu corpo e me dou conta de que uma ferida muito antiga abriu de novo, sem motivo aparente.
Tenho que voltar ao hábito de ter papel e caneta na cabeceira.
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Dia 29 de Março
Não consigo entender os acontecimentos para formar uma sequência lógica de acontecimentos. Acordei e anotei freneticamente as imagens e sensações que tinha sonhado. Voltei a dormir e quando acordei novamente, não lembrava de nada, os escritos no papel não ecoavam e nem faziam sentido.
Uma instituição de pesquisa, salas, bibliotecas, auditórios importantes.
Um caminho para a praia e nele lideranças políticas para assumir o poder. Surge André Bern (um amigo), ele está comigo em uma ponte muito alta, num ônibus, depois nm carro. De repente estamos andando a pé em uma rua com um trânsito perigoso. Temos que atravessar e não temos visão nenhuma do trânsito. Fico muito apreensiva e com muito medo.
Surge uma discussão de quem deveria estar na liderança. percebo falsidades, jogos de poder.
Acontece uma discussão entre um casal sobre a perda de uma criança em uma possível gravidez. A mãe é jovem e está apreensiva de ficar sem a criança. Alguém frisa que o filho seria deles, que não seria tomado e doado.
Chego ao mar, uma enseada muito ampla e aberta., mar calmo e uma brisa suave.
Eu digo que desconfio do sangramento de uma pessoa que quer se tornar lider.
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Dia 07 de Abril
Este sonho me deixou mexida, emocionada e confusa.
Eu estou em um lugar amplo. Já estive neste cenário antes, parece uma cena de ficção científica. Ao meu redor não há nada, parece uma região pantanosa, com terra, água, pequenos lagos e lama. Tudo tem um tom esverdeado. Ao longe vejo a cidade urbana, moderna, com prédios altos (muitos prédios) que envidraçados refletem a luz.
Estou com um grupo de pessoas, homens e mulheres, e temos uma missão a fazer. Vamos a esta cidade realizar algo que parece ter uma importância e uma dificuldade ligada a uma resistência.
De repente estamos em uma casa. Existem muitas bolsas e pertences espalhados pelos muitos cômodos. Um homem se aproxima..... existe algo entre nós... é algo bom. Não é dito e nem declarado, mas é muito bom. Como adolescentes apaixonados trocamos olhares, nos aproximamos e nos procuramos (sem termos contato físico).
A missão inicial foi feita (eu continuo sem saber o que é) e estamos nos preparando para partir. Atraso a minha partida com muitas idas e vindas, pois não quero me distanciar dele. Tudo isso é velado, é disfarçado. Existe uma impossibilidade nessa relação que eu não sei se é da minha parte ou dele, ou ainda se é pelo grupo que pertencemos. Parece que pertencemos a um exército que se desloca em missões distintas.
A casa vai se esvaziando, e as pessoas vão indo embora. Eu ainda estou lá arrumando e desarrumando as coisas como Penelope a tecer e desmanchar a mortalha para segurar o tempo e o destino.
Lembro de um olhar profundo e demorado que trocamos sem uma palavra. Parece que mergulho em suas púpilas negras e daí surge um abismo.... flutuo na escuridão.
Acordo emocionada, querendo o silêncio e o retorno ao sonho para reviver e entender.
Fiquei me questionando se esse homem poderia ser "O homem de Preto" em um aoutra roupagem.
Mas se for... ele sempre me aterrorizou e agora me encanta????
Data de acesso: 08/01/2013.
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Dia 20 de janeiro
Começando com imagens que me remetem ao universo onírico...
Hoje sonhei e lembrei....
Na primeira parte do sonho, eu estou em um lugar aberto e claro, parece uma fazenda, e eu estou na varanda de uma casa baixa. Só vejo o que está a minha frente, é um campo com mato rasteiro e tem muitas crianças neste lugar, elas brincam de jogar bola. Não vejo os rostos, mas sei que estão lá. Como é comum entre elas, elas perdem a bola em lugares ao redor e não vão buscar. Vejo várias bolas brancas em tufos de mato ao redor da varanda. resolvo ir buscar as bolas. Tenho que descer um barranco e cruzar uma estrada de terra para chegar onde estão as bolas. Escuto as risadas das crianças e olhando ao redor, vejo uma mata fechada a minha frente, uma floresta tropical.
Na segunda parte do sonho, o ambiente é escuro, parece um entardecer e chove muito. Ando por ruas e elas estão enchendo de água. Conforme vou andando, cruzando ruas, o nível da água vai subindo. Vejo pessoas com medo e elas também parecem escurecidas. Quando chego ao prédio onde eu moro (é um antigo prédio que morei) o nível da água é muito alto e perigoso. Existem tapumes de madeira que tentam fazer uma barreira para a água, mas não parece adiantar muito. Tento chegar na portaria, surge um político corrupto querendo negociar alguma coisa. Tenho uma sensação muito ruim de perigo e eminência de morte.
Acordo nesse momento e com essa sensação.
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Dia 02 de fevereiro
Alguns sonhos são tão fortes e carregam imagens tão potentes que me calam. Hoje estou assim calada pela ação do inconsciente, não sei o que ele quer me dizer, mas entendo que não é algo fácil.
A lembrança do sonho desta noite começa com muitas luzes, como se fossem muitos faróis que vinham em minha direção e me cegavam. Entendi depois que eram faróis de carros, (pareciam muitos), e que eu tinha sido atropelada.
Depois estou dentro de um ônibus, eu sento sempre no primeiro banco solitário e fico em silêncio, tudo está em silêncio. O Ônibus vaga por ruas muito escuras, parece que só nele há luz. Eu desço de um ônibus e entro em outro, faço isso muitas vezes, parece que eu estou vagando. Nesse momento reparo que os motoristas sempre escolhem um lugar melhor para eu descer. Desço do ônibus e me vejo caminhar com muita dificuldade, percebo que minhas pernas estão tortas e deformadas. Penso com tristeza: "Estou aleijada, e minha dança?"
Luzerna significa clarão de luz, forte e intenso.
Essa postagem, chamei de Luzerna, por causa das luzes muito fortes do sonho desta noite, que acabei associando com essa lenda.
Segundo os moradores e frequentadores de caminhadas noturnas, as Luzernas as vezes apareciam no escuro da floresta, luzes que eram algum tipo de assombração. Quando alguém via uma Luzerna, não podia falar dela, apontar ou ficar olhando, pois elas vinham em cima, como num ataque.
Procurando pela descrição desta lenda achei pouca coisa, poucos relatos
"No Vale de Santa Luzia a Luzerna vivia andando à noite nas estras e trilhas da região em plena escuridão. E vez em quando passava por dentro do povoado Barrinha de Santa Luzia, quando ainda não tinha eletricidade e assustava os moradores. A Luzerna é uma bola de luz que fica flutuando pelas estras e caminhos, de longe parece um farol de automóvel."
Fonte: http://imitaideias.wordpress.com/2011/09/23/mitos-e-crendices-no-vale-de-santa-luzia/
"Luzernas no popular do imaginário popular nordestino se refere a duas luzes que se degladiam a noite inteira batendo uma contra a outra (seria a alma de dois cumpadres que morreram sem se falar). Em alguns casos essas aparições partem para cima dos mais curiosos que tentam ver de perto o que está acontecendo, daí vem o nome de Fogo Corredor."
Fonte: http://aquidenois.blogspot.com.br/2012/06/lenda-popular-voce-sabe-o-que-e-luzerna.html
Fonte da Imagem: http://ficcaoc.blogspot.com.br/
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Dia 08 de Março
Na aula do Adilson, um movimento que ele fez esfregando os dedos foi a conexão necessária para que um sonho da noite passada viesse a lembrança consciente.
Neste sonho, eu tenho que dançar algo e sinto que tudo o que faço é superficial e vazio. Os movimentos não são bonitos e nem fazem sentido algum. Durante esse momento de tentativa de movimento surge o movimento de mãos de Biurá com as contas. Parecia que me encontrava, pois todo movimento parecia ter sentido e mais que isso eram movimentos simbólicos, que eu não conseguia explicar, mas me deixavam em um estado muito intenso de sentimentos que se aproximavam do sagrado.
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Dia 14 de Março
Não anotei logo o sonho e perdi uma parte.
Existe uma cor que prevalesce no sonho, é o vermelho.
Lembro de entrar em um lugar, como se fosse um forte militar americano (dos filmes de faroeste), mas não era um forte. Esta construção tinha dois andares e pessoas moravam lá. Essa construção tinha uma forma quadrada com um grande espaço livre no meio. Dois homens me conduziam, havia traços de vermelho em suas roupas, e eles eram muito baixos, pareciam anões.
Em um outro momento, eu estou em um lugar, parece um auditório, ou um local fechado onde um homem discursa. Existem muitas pessoas escutando, acho que são seguidores, e parece que o que ele fala é algo proibido. Existe uma atmosfera de medo e mistério no ar.
Este homem é um lider, é branco e usa roupas brancas. Me surpreendo, pois eu acho que ele é o "homem de preto"
Acho que ele me olha e também me reconhece.
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Dia 17 de Março
Antes que a brecha se feche e eu esqueça o pouco que restou.....
Sonhei que havia um balde grande com água e roupas brancas que eu tinha lavado. De repente uma cobra preta cai por cima das roupas e some na água por entre as roupas.
Estranho não ter sentido medo pela cobra, e sim chateação e raiva por ter que lavar as roupas de novo.
Em um segundo momento do sonho, eu saio no quintal da minha casa em Petrópolis. Está escuro, tem muitas plantas, árvores, é noite. Existe um mistério , um sentimento de apreensão no ar. Sei que tem muitos bichos ali, um grilo gigante eu consigo ver, os outros não. Sinto medo, muito medo!!!
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Dia 22 de Março
Estou no ônibus indo para Campinas e no caminho durante a viagem, Beth vai me dando as orientações dos lugares onde acontecerão várias defesas. São lugares diferentes e distantes. São cavernas escuras e escondidas. Não entendo por que a escolha desses lugares. Parece que é preciso se esconder e proteger, mas não sei do que ou porque.
Nessas cavernas existe sempre uma chama amarelada, parece ser uma fogueira muito antiga. Curioso que chegamos nos locais, ficamos um tempo e depois saimos, sem que ninguém pronuncie uma palavra.
De volta a estrada, uma construção grande me chama a atençao. São vários prédios iguais, mas são tantos que quase formam uma cidade. Eles são de um tom azul muito forte, e eu pergunto o porque de tanto azul. Alguém me responde que tudo e todos pertencem a uma jazida de água-marinha.
Pego uma pedra bruta de água-marinha em minhas mãos. Ela foi cortada ao meio, e é mutio descrepante a diferença entre seu interios e exterior. Enquanto o exterior é bruto, acinzentado com restos de musgo verde; o seu interior é muito brilhoso, de um azul muito pálido e várias pontas irregulares.
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Dia 24 de Março
Acordei no meio da noite e passei o roteiro do sonho. Eram dois acontecimentos diferentes e fiz questão de passá-los mais de uma vez para não esquecer, mas não anotei nada. Logo adormeci de novo, e ao acordar me dei conta de que havia perdido os sonhos.
Fiquei com apenas uma imagem/cena de um sonho, que não sei se aconteceu depois, ou se faz parte dos dois que tentei registrar.
A imagem que ficou é de uma ferida aberta. Olho para o meu corpo e me dou conta de que uma ferida muito antiga abriu de novo, sem motivo aparente.
Tenho que voltar ao hábito de ter papel e caneta na cabeceira.
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Dia 29 de Março
Não consigo entender os acontecimentos para formar uma sequência lógica de acontecimentos. Acordei e anotei freneticamente as imagens e sensações que tinha sonhado. Voltei a dormir e quando acordei novamente, não lembrava de nada, os escritos no papel não ecoavam e nem faziam sentido.
Uma instituição de pesquisa, salas, bibliotecas, auditórios importantes.
Um caminho para a praia e nele lideranças políticas para assumir o poder. Surge André Bern (um amigo), ele está comigo em uma ponte muito alta, num ônibus, depois nm carro. De repente estamos andando a pé em uma rua com um trânsito perigoso. Temos que atravessar e não temos visão nenhuma do trânsito. Fico muito apreensiva e com muito medo.
Surge uma discussão de quem deveria estar na liderança. percebo falsidades, jogos de poder.
Acontece uma discussão entre um casal sobre a perda de uma criança em uma possível gravidez. A mãe é jovem e está apreensiva de ficar sem a criança. Alguém frisa que o filho seria deles, que não seria tomado e doado.
Chego ao mar, uma enseada muito ampla e aberta., mar calmo e uma brisa suave.
Eu digo que desconfio do sangramento de uma pessoa que quer se tornar lider.
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Dia 07 de Abril
Este sonho me deixou mexida, emocionada e confusa.
Eu estou em um lugar amplo. Já estive neste cenário antes, parece uma cena de ficção científica. Ao meu redor não há nada, parece uma região pantanosa, com terra, água, pequenos lagos e lama. Tudo tem um tom esverdeado. Ao longe vejo a cidade urbana, moderna, com prédios altos (muitos prédios) que envidraçados refletem a luz.
Estou com um grupo de pessoas, homens e mulheres, e temos uma missão a fazer. Vamos a esta cidade realizar algo que parece ter uma importância e uma dificuldade ligada a uma resistência.
De repente estamos em uma casa. Existem muitas bolsas e pertences espalhados pelos muitos cômodos. Um homem se aproxima..... existe algo entre nós... é algo bom. Não é dito e nem declarado, mas é muito bom. Como adolescentes apaixonados trocamos olhares, nos aproximamos e nos procuramos (sem termos contato físico).
A missão inicial foi feita (eu continuo sem saber o que é) e estamos nos preparando para partir. Atraso a minha partida com muitas idas e vindas, pois não quero me distanciar dele. Tudo isso é velado, é disfarçado. Existe uma impossibilidade nessa relação que eu não sei se é da minha parte ou dele, ou ainda se é pelo grupo que pertencemos. Parece que pertencemos a um exército que se desloca em missões distintas.
A casa vai se esvaziando, e as pessoas vão indo embora. Eu ainda estou lá arrumando e desarrumando as coisas como Penelope a tecer e desmanchar a mortalha para segurar o tempo e o destino.
Lembro de um olhar profundo e demorado que trocamos sem uma palavra. Parece que mergulho em suas púpilas negras e daí surge um abismo.... flutuo na escuridão.
Acordo emocionada, querendo o silêncio e o retorno ao sonho para reviver e entender.
Fiquei me questionando se esse homem poderia ser "O homem de Preto" em um aoutra roupagem.
Mas se for... ele sempre me aterrorizou e agora me encanta????
Fontes das Imagens:
http://anamarquesss.blogspot.com.br/2012/01/em-busca-de-teus-olhos-negros-naveguei.html
http://alacazaam.blogspot.com.br/2012/04/olhos-negros.html
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Dia 09 de Abril
Eu chego com o Cláudio e entro em uma das casas do meu terreno, no sonho existem muitas árvores e plantas no quintal. Entramos pela porta da frente e encontramos a casa vazia. Estamos procurando por alguém, eu não sei quem, quando de repente o Cláudio me diz que os pais dele estão mortos no quintal.
Vamos até lá, está escuro e eu não consigo vê-los direito. O Cláudio diz que quase não restou nada dos seus corpos, e eu penso há quanto tempo eles estão mortos para não haver mais nada.
Saio deste lugar e quando volto, já é dia e o que vejo deles parecem os monumentos de pedra do Chile, arrumados como para um ritual. Passo muitas vezes por esse local e percebo que acontece uma transformação. Vejo duas silhuetas de corpos abraçados, mas ainda existe resto de músculo, unha e um tecido transparente que escorre pelos dedos das mãos. Lembrei do esqueleto de um casal abraçado encontrado em um sítio arqueológico na Itália em 2007, datado do período neolítico (aproximadamente 5.000 anos atrás).
Fonte das Imagens:
http://pr.protourschile.com/en/destino/padre-109
http://www.recreio.com.br/licao-de-casa/moais-misterio-das-estatuas-da-ilha-de-pascoa
http://www.tamviagens.com.br/busca/?termo=chilehttp://shakyamuni.net.br/2011/05/06/ossadas-de-um-casal-se-abracando-enterrados-ha-5000-anos/
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Dia 23 de Abril
Eu entro em uma empresa grande passando de carro por uma guarita com seguranças (alguém guia o carro, mas não vejo quem é). Tem muitas pessoas neste lugar, são todos homens e parecem que são engenheiros.
Subo por uma parte externa do prédio principal e chego a uma pedreira onde vejo muitas pedras grandes com um líquido escuro que escorre entre elas, ao redor existe uma floresta verde e densa.
É uma cachoeira, mas me dizem que aquele líquido é esgoto, chorume, não sinto cheiro ruim, apenas vejo o líquido escuro e grosso. Me surpreendo de tudo aquilo ser esgoto e me questiono de onde vem, já que estamos em uma área de floresta.
Chamo por alguém da floresta, não sei que nome pronuncio, mas fico feliz quando percebo que meu chamado foi ouvido. Aparece um fauno! Ele é todo branco (não sei se albino) e corre muito rapidamente pelas pedras passando pelo esgoto, é muito hábil. Grito para ele vir devagar pois ele pode escorregar e cair. Fico feliz com sua presença e ele também parece feliz.
Um homem ao meu lado diz que todos ali são corretos e éticos, que não existe falsidade ou corrupção naquele lugar.
Entro no prédio principal e estou próxima a uma mulher (a única ali fora eu). Ela está sendo perseguida, corre subindo as escadas do prédio e entra em uma sala, eu estou lá com ela.
É um laboratório com muitas portas por onde entram muitos perseguidores. Eles são bípedes, mas não são humanos, vestem um tipo de fraque preto e acho que eles são pretos com bicos.
A mulher sem alternativa de fuga passa para um lugar no meio da sala que é todo cercado por grades. Ela se espreme para passar pelas grades e sem ter saída ou escapatória resolve entrar em um tanque que tem um líquido verde viscoso.
Grito para ela não entrar lá, pois é o lugar onde eles dissolvem os ossos das piranhas que eles pegam naquele líquido viscoso. Ela me olha com muito pesar e diz que não tem alternativa. Vejo-a sumir no líquido verde e penso nela se dissolvendo .... morrendo .... "sem alternativa" .
Uma palavra surge, 'entrega' e enquanto eu fico ali triste e desolada com o acontecimento, os perseguidores vão embora, e eles também estão desolados poruqe não puderam cumprir com sua missão.
Fonte das imagens:
http://osegundoregistro.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html
data de acesso: 26 de Maio de 2013
http://www.tumblr.com/tagged/shadows%20on%20parade?language=pt_BR
Data de acesso: 26 de maio de 2013
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