quarta-feira, 24 de julho de 2019

Voltando com "Casa"

Depois de muito tempo em silêncio e reflexões, um trabalho muito sensível e potente teve o poder de me trazer de volta a este lugar de tanto movimento, emoções e construções.


“É necessário atingir o caráter neutro da experiência – neutro no sentido de que tudo permanece indefinido, de que não podemos qualificar de objetivo ou de subjetivo, de material ou de espiritual. É preciso partir de um campo de acontecimentos indivisíveis, mas cujas repercussões ou reverberações possam, posteriormente, se “dividir”. A experiência pura é a experiência apreendida do ponto de vista do acontecimento. Ora, o acontecimento surge na intersecção do encontro sujeito/objeto (se privilegiarmos essa relação), no entre-dois, mas antes que eles estejam ali: é por isso que o acontecimento não é a sua fusão, ele os precede. Sujeito e objeto são seus sucedâneos. O erro da divisão sujeito/objeto está exatamente em supor, implicitamente, a existência de dois mundos, um duplicando o outro ou um regulando o outro. De qualquer forma, só existe um acontecimento porque só existe um mundo. A unidade precede e contém virtualmente sua divisão. Por isso, mais uma vez, o empirista vem antes do psicólogo, antes das distinções das filosofias transcendentais – de fato como de direito. “ David Lapoujade / William James
A construção da Experiência
Casa é um solo interpretado pelo bailarino Paulo Marques sob direção de Gustavo Gelmini. Um espetáculo que trata da cena, espaço, movimento e a vivência do momento presente. Um projeto criado em residência artística no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro e que comemora, também, os 40 anos de atuação na dança carioca de seu intérprete.
Fonte:
https://centrocoreografico.wordpress.com/programacao/ Acesso em 24/07/2019

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