“É necessário atingir o caráter neutro da experiência –
neutro no sentido de que tudo permanece indefinido, de que não
podemos qualificar de objetivo ou de subjetivo, de material ou de
espiritual. É preciso partir de um campo de acontecimentos
indivisíveis, mas cujas repercussões ou reverberações possam,
posteriormente, se “dividir”. A experiência pura é a
experiência apreendida do ponto de vista do acontecimento. Ora, o
acontecimento surge na intersecção do encontro sujeito/objeto (se
privilegiarmos essa relação), no entre-dois, mas antes que eles
estejam ali: é por isso que o acontecimento não é a sua fusão,
ele os precede. Sujeito e objeto são seus sucedâneos. O erro da
divisão sujeito/objeto está exatamente em supor, implicitamente, a
existência de dois mundos, um duplicando o outro ou um regulando o
outro. De qualquer forma, só existe um acontecimento porque só
existe um mundo. A unidade precede e contém virtualmente sua
divisão. Por isso, mais uma vez, o empirista vem antes do psicólogo,
antes das distinções das filosofias transcendentais – de fato
como de direito. “ David Lapoujade / William James
A construção da Experiência
Casa é um solo interpretado pelo bailarino Paulo Marques sob direção
de Gustavo Gelmini. Um espetáculo que trata da cena, espaço,
movimento e a vivência do momento presente. Um projeto criado em
residência artística no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de
Janeiro e que comemora, também, os 40 anos de atuação na dança
carioca de seu intérprete.
Fonte:
https://centrocoreografico.wordpress.com/programacao/
Acesso em 24/07/2019
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