quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fauno em obras

Entre as muitas imagens e obras de arte que tem o Fauno como tema, a escultura de James Pradier, Satyre et Bacchante, de 1834 transborda sensualidade, agressividade e poder, apenas uma de suas facetas.


James Pradier nasceu em Genève no fim do século XVIII, mas foi em Paris que iniciou sua carreira artística, suas exposições e prêmios: ganhou um prêmio em um salão de artes, que lhe rendeu 4 anos de estudos em Roma. Estudou com Jean-Auguste-Dominique Ingres e conviveu com os poetas Victor Hugo, Théophile Gautier e Gustave Flaubert. Pradier tinha um estilo neoclássico e ao contrário dos escultores da época, acompanhava a finalização de seus trabalhos.
A inauguração da obra Satyre et Bacchante, causou um escândalo no salão, e uma recusa de compra do governo oficial.
A obra encontra-se no Museu do Louvre em Paris.







 Fonte:
 http://www.jamespradier.com/index.php
 http://www.louvre.fr/oeuvre-notices/satyre-et-bacchante

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Alimentos para a Vida


Existem alimentos, que não só nutrem o corpo, mas nutrem a alma.
Falo da poesia que encontramos nos dias e nas noites, nos olhos e no mar, no voo e na queda ......, que não precisa ser bela, para ser verbalizada, mas percebida pelo corpo e pelo coração.
Falo do céu e do sol, da música do vento e do ritmo da chuva.
Falo de uma compreensão de mundo possível, e não apenas existente; de um aprofundamento nas raízes, em busca do essencial e da essência.
Falo do visível e do invisível, que se mesclam na luz e nas sombras, na profundidade do silêncio.
Falo da necessidade do desmembramento e da coragem, para que esse alimento chegue onde é preciso e com o sabor das mudanças necessárias.
Falo do sentimento de pertencimento ao presente, ao passado e ao futuro.
Falo das presenças calorosas e das doces lembranças. Falo do gosto amargo dos enganos que se amenizam com o tempo.
Falo de uma forma de ver e sentir que beira uma entrega de penhasco. Falo de aprender , reaprender, ver, rever, sentir, ressentir, aprender de novo, reaprender de novo, viver, reviver e não se cansar de sentir a pulsação de um coração acelerado.
Acho que sobretudo, falo de VIDA.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

III Seminário PPGADC - UNICAMP


O III Seminário Interno do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena acontece nos dias 03, 04 e 05 de Agosto de 2015 das 8h30min às 17h no Auditório do Instituto de Artes da UNICAMP.
O evento, de periodicidade anual, tem como objetivo fortalecer a interlocução entre os diversos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena (PPGADC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), intenção que aparece materializada em seu eixo temático, Encontros e Diálogos. A cada ano de realização, a ênfase recai sobre diferentes modos de operar pesquisa e compartilhamento, o que influencia diretamente a dinâmica das submissões e apresentações. A edição atual (III Seminário Interno do PPGADC, 2015), visa a fornecer um panorama das pesquisas desenvolvidas nos Grupos de Pesquisa do programa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) , apresentando o programa aos alunos ingressantes e também aos alunos dos cursos de graduação em Artes Cênicas e em Dança da universidade. O intuito principal é estabelecer novos encontros e diálogos entre o corpo docente e o discente, promovendo integração e intercâmbio entre pesquisadores de diversos níveis (professores-pesquisadores, doutorandos, mestrandos e graduandos de iniciação científica).
Para acessar a Programação do evento assim como as edições anteriores com as respectivas publicações, acesse Aqui
Amanhã, participo do Debate Aberto do Grupo de Pesquisa, sob orientação da Profª Drª Elisabeth Bauch Zimmermann.

 

sábado, 1 de agosto de 2015

Revisitando Biurá nas Palavras de Sylvio Costa Filho


Remexendo no material de Biurá, reencontrei as palavras e o depoimento de um amigo - artista, Sylvio Costa Filho, que se aventurou nas contas, nos sonhos, dores e construções, sempre duvidosas e invisíveis, que permeiam o universo de Biurá, e o universo das criações. Obrigado Sylvio pela generosidade e pela presença em minha vida.


"Biurá: Contas de sonhos, de Adriana Barcellos , é uma das melhores coisas que eu já vi, aqui, em Petrópolis, em termos de dança. Transcende a dança e nos leva para uma outra realidade. Nos lança no espaço do nosso inconsciente. Ao juntar as contas dos seus sonhos, ao trazer sua floresta do imaginário para o corpo, a artista nos envolve em nossas próprias tramas, em nossas próprias contas que vão se espalhando e se reagrupando no chão do inconsciente. Apesar de tudo, da grandeza da proposta estética, Adriana, generosa, por natureza, traz na expressividade do seu gesto, uma leveza que nos enleva e nos convida, mesmo nos momentos mais angustiantes de Biurá, nas contas mais dolorosas. Ela parte de um silêncio, um silêncio eloquente que se vai desenhando nos dedos, nas mãos, em todo o corpo de Adrissonhos e Adripesadelos. E o silêncio vai nos enredando, no jogo, na trama das suas contas que se transformam em uma rede, um "arrastão" no qual somos levados para o "coletivo dos nossos inconscientes". O som surge das contas que se esparramam e vai crescendo na música que brota do corpo dos Adrinossossonhos. E do corpo, da dança das contas, da agonia, vislumbramos o sublime da Arte, na entrega da artista, cujo corpo vai além dele mesmo, e se transforma, e, conta histórias...no fio das contas... Assim e muito mais foi e é Biurá! Parabéns ADRIANA BARCELLOS !!! E parabéns aos que promoveram esse maravilhoso evento "CONVERSAS DE DANÇA" - "DELEGANDO AUTORIAS"

 Fotografias: Aline Teixeira

terça-feira, 21 de julho de 2015

maRAlimento

Gosto de me alimentar do mar.....Tenho esse sabor no coração desde a minha infância. Sabor da presença de minha avó, do gosto salgado das brincadeiras e gargalhadas; sabor do temor das ondas poderosas e convincentes.
Sabor de uma poesia distante.
A Grande Onda de Kanagawa -  Katsushika Hokusai






Fonte:
http://www.katsushikahokusai.org/
http://www.asiacomentada.com.br/tag/a-grande-onda-de-hokusai/
http://www.oexplorador.com.br/katsushika-hokusai/
http://www.celesteprize.com/artwork/ido:158504/

sábado, 11 de julho de 2015

Fauno em caricaturas de Le Losque

Daniel de Losques foi um artista francês que viveu de 1880 a 1915, vindo a morrer em combate na primeira guerra mundial. Famoso por seus cartazes e caricaturas, possui inúmeros trabalhos que registram a sociedade parisiense do inicio do século. Dentre seus trabalhos, está o registro da passagem dos Balés Russos de Diaghilev.
No blog  https://verbinina.wordpress.com/ foi publicado uma matéria sobre o artista, com a seleção de alguns dos seus trabalhos. Abaixo, a reprodução de um trecho do texto e algumas imagens.

"Daniel de Losques (1880-1915) created many pictures for French magazines and newspapers, including “Le Rire”, “Fantasio”, “Le Figaro”. Here are 25 best pictures from “Le Figaro” only: actors, actresses, singers, dancers in various plays, operas and ballets. Pictures are ranged by publication date.
It was difficult to make a choice because de Losques had created hundreds of excellent caricatures. If you want see them all, “Le Figaro” issues are here (de Losques pictures are mostly in 1905-1914 issues and one or two were published in 1904).




Daniel de Losques. Au Chatelet – Le Festin. Danse de “L’oiseau de feu” (Karsavina, Nijinsky) . Published in Le Figaro (21 May 1909)


Daniel de Losques. Au Chatelet (Saison Russe) – L’après-midi d’un Faune (Nijinsky). Published in Le Figaro (30 May 1912)

domingo, 28 de junho de 2015

Dança Carioca na Rede - ctrl+alt+dança

O ctrl+alt+dança propõe a continuidade de uma de suas ações, o "Dança carioca na Rede", que em 2014 desenvolveu um conjunto de estratégias com o intuito de divulgar a produção em Dança na cidade.
A continuidade do projeto, em 2015, recebe o nome "Dança Carioca na rede - ações de expansão".
 

Nas palavras de André Bern, editor do blog, "Dança Carioca na Rede – Ações de Expansão nasce com um desejo de ampliação das conquistas realizadas em sua 1a. edição (em 2014): em 6 meses de atividades, mais de 130 artistas tiveram seus trabalhos divulgados por meio da produção de conteúdos (textos, áudios, fotos e vídeos) que atraíram mais de 61.000 visualizações."
Em uma das ações do projeto, a série Blogueir@ Convidad@ apresentará textos que partem de conteúdos publicados no blog anteriormente com novas propostas e reflexões, pelos olhares de Adriana Barcellos, Aline Bernardi e André Masseno.

A primeira postagem da série Blogueir@ Convidad@ aconteceu em 21 de março. Abaixo as primeiras palavras deste inicio.

"Adriana Barcellos “corta a fita” e inaugura a série com a contribuição que publicamos abaixo. Em Uma tela branca e a possibilidade de criação, a artista propõe reflexões sobre processos criativos em dança e arrisca exercícios de composição a partir da relação entre o corpo de quem lê as postagens do blog, o conteúdo imagético das mesmas e o suporte a partir do qual se acessa (computador, tablet, smartphone, etc)."

"O braço é apoiado na nuca de um outro corpo que concede espaço e suporte. Na nuca o cabelo escuro e suado umedece a pele do braço. O corpo do apoiador segura o braço do corpo que se apoia, fazendo uma pressão no cotovelo com o polegar, como a reforçar sua presença. O contato/apoio traz uma sensação de calor pelo peso, esforço, e pelo tom moreno da pele do apoiador."


Para ler o artigo na íntegra clique Aqui
Até o momento mais três postagens já ocorreram dentro do Projeto.

bilhetes de ……………… transição: [hi-hi] estória de quem caminha, por Aline Bernardi


O coreógrafo é uma louca: alguns diagnósticos, por André Masseno


Libertando o animal na dança: dois pontos, por André Masseno

Os textos podem ser acessados na página do Blog

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Estreia de Sagração - Programa 2015

Theatro Municipal do Rio abre sua temporada de dança com "Les Sylphides", "Raymonda" e "A Sagração da Primavera".


O Ballet e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal dão início à temporada de dança do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria de Estado de Cultura – com três coreografias que mostram a efervescência do cenário artístico dos ballets na Rússia entre os séculos XIX e XX.



Serão sete récitas de 28 de maio a 06 de junho. Presente no repertório de todas as companhias clássicas do mundo, Les Sylphides, de Michel Fokine, abre o programa com a bela música de Frédéric Chopin e remontagem de Tatiana Leskova. Na sequência, as primeiras bailarinas Claudia Mota e Márcia Jaqueline, os primeiros solistas Karen Mesquita, Cícero Gomes, Filipe Moreira, Moacir Emanoel, o bailarino Alef Albert e outros integrantes do BTM executam o Grand Pas Hongrois do terceiro ato de Raymonda, o mais célebre trecho da obra coreografada originalmente por Marius Petipa sobre música de Alexander Glazunov, remontado por Galina Kravchenko. Fechando a apresentação, o Ballet do Theatro Municipal, sob a direção de Sergio Lobato, leva ao palco a remontagem da coreógrafa americana Millicent Hodson de A Sagração da Primavera, centenário ballet criado por Vaslav Nijinsky sobre a música de Igor Stravinsky. O Maestro convidado Javier Logioia Orbe rege a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal.

Matéria publicada originalmente no site:
http://www.concertino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7948

sábado, 6 de junho de 2015

Poemografia

Em nossa era é curioso pensar no mundo que se desvela virtualmente pela internet. Apesar da via ser tecnológica, é possível esbarrar em Arte, nos mais variados suportes, inclusive midiatizados pela net.
Abaixo a materialização dessas minhas palavras, ou o encontro com as palavras repletas de vida de um artista que transborda imaginações, Heduardo Kiesse.



Heduardo Kiesse nasceu a 5 de Março de 1978, em Angola. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e é licenciado em Filosofia pela mesma Universidade. 
Para Heduardo Kiesse, fotografar serve, sobretudo, não para imobilizar instantes em pedaços de papel, mas para acompanhar a trajetória da poesia na sua fuga do papel para outros suportes tais como pedras, bocados de madeira, tijolos, parafusos, esferovite, fósforos, botões, folhas, areia, etc. 

Nas palavras do artista:

PoemoGrafia é a eternidade provisória na qual tentamos perpetuar a vida esticando ponteiros de relógios como se a natureza do tempo fosse meramente elástica

Indicações: Indicado para o alívio de insuficiências afectivas, constipações provocadas por chuvas de saudade, cansaços de imaginação, vestígios de solidão ou frios de corpo e alma.

Como usar: ”ParadoXos” deve ser tomado com líquido (um copo de vinho ou mais, consoante o peso, a idade e a vontade de prolongar a escassez de infinito), se possível durante a ingestão de sílabas ou de outro alimento qualquer.
 
Recomendações: Se estiver a amamentar evite medicar-se com “ParadoXos”. Pode causar sonos de passarinho, ânsias de infância e desejo de utopia. Se tem hipersensibilidade a gestos de ternura ou a qualquer outro ingrediente da ilusão, alergia ao instante mudo que antecede um beijo, ou dificuldades em bordar palavras em linhas de horizonte, não utilize “ParadoXos”. Aconselhamos o uso de poeticoterapias alternativas.
 
Dosagem: Recomenda-se uma ou duas doses por dia. Caso se esqueça de tomar “ParadoXos”, tome uma dose a dobrar para compensar a dose esquecida.
 
Composição: As substâncias activas são: Aroma de poesia, lápis de cor, espuma de paisagem, papéis rasgados, madrugadas de bolso, canas de bambu, madeira, areia, pedras, tijolos, arame e restos de sentimento.
 
Efeitos secundários: Não existem contra-indicações relevantes. No entanto, como todas as poeticoterapias, “ParadoXos” pode provocar ataque súbito de inspiração e sorrisos de boca inteira. Podem ainda ocorrer sensações de bem-estar em primeiro grau, poemices, alegria profunda e estados de paz interior. Se eventualmente surgirem sinais ou sintomas de vazio, deve colocar imediatamente uma vírgula na leitura e continuar no dia seguinte.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização de “Paradoxos”, fale com os botões que se encontram algures numa das imagens da embalagem.
 
Prazo de validade: Veja a data indicada no rótulo do seu coração.
 
Nota: Este produto pode ser adquirido sem receita poética. Depois de consumir, não o deixe fechado na embalagem. Deixe-o ao alcance de todos.
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Fonte:
http://fotomorfoses.blogspot.com.br/
http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com.br/2014/07/anonimos-e-belos-poesia-detras-das_21.html

    domingo, 17 de maio de 2015

    Sagração de volta

    A "Sagração da Primavera", obra de Vaslav Nijinsky retorna ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, abrindo a temporada de Dança com o Corpo de Baile do Theatro.
    Millicent Hodson e Kenneth Archer, importantes pesquisadores que juntos reconstruiram arqueologicamente a coreografia, estão presentes na cidade seguindo uma série de ações que inclui entrevistas e ensaios.

    O Programa do espetáculo, inclui além da Sagração, Les Sylphides e Raymonda, que mostram a efervescência do cenário artístico na virada do século XX.

    Foto de Sheila Guimarães



    Foto de ensaio de Kenneth Archer



    quarta-feira, 13 de maio de 2015

    Presenças e ausências em imagens

    A arte tem a incrível capacidade de tornar visível o invisível, de mover sentimentos e significados desconhecidos, tornando-os saboreáveis. É um poder que ultrapassa a nossa percepção de vida, desnudando horizontes e existências que se tornam possíveis com delicadeza, magia e beleza.
    É assim o estado em que ficamos, quando somos movidos pela arte, o misterioso e inominável que se avizinha, fazendo com que algo apenas se insinue.

    Imagem do filme "Prada x Dancers of Tanztheater Wuppertal"


    Em estado contemplativo e em silêncio fiquei depois de assistir este vídeo idealizado para um projeto chamado MOVEment que propõe uma integração entre moda, dança e o cinema. Deste encontro foram produzidos vídeos de belas e delicadas imagens, realmente inspiradoras.

    "The relationship between fashion and dance is long and entwined, unfolding on stages and catwalks in an ever-evolving conversation. Devised by Jefferson Hack, MOVEment sprang from a desire to see choreographers and designers working together in the medium of film, and thinking about the body in relation to the camera. The designers who were asked to create bespoke costumes for the choreographers and dancers are all natural storytellers, with a keen instinct for collaboration and experimentation. Partnered with luminaries from the world of dance, and some of the most exciting and visionary directors working today, the resulting films make for a timely and inspiring update of the long-standing dialogue between fashion and dance. Though they present very different visions, running through each collaboration is a profound and artistic engagement with the body in motion."
     Para conhecer mais sobre o projeto e ver os outros vídeos, acesse Aqui


    sábado, 9 de maio de 2015

    Congresso Junguiano no Rio

    Acontece no Rio de Janeiro o 1º Congresso Clínica Junguiana e Arteterapia - Mitos e Tipos, na Universidade Veiga de Almeida. O Congresso tem a organização de Elizabeth Mello, e a participação de instituições importantes como o SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica); Museu de Imagens do Inconsciente; Programa Terapia Expressiva- veículo de cuidado Integral no Hospital Universitário Antônio Pedro- UFF e a Casa das Palmeiras. 



    Com o tema Mitos e Tipos, o Congresso pretende trazer ao debate e as discussões, temas que são importantes na Psicologia de Jung através de palestras, cursos, oficinas, apresentações e exposições.
    Inscrições e informações no site http://www.praticajunguiana.com/

    quinta-feira, 7 de maio de 2015

    Biurá - Preparação

    De ensaios e preparações, da montagem do palco aos ajustes de luz, a materialização de "Biurá - contas de sonhos" na temporada do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro de 17 a 19 de abril de 2015.

    No Camarim com Aline Teixeira. Preparativos

    Banner na entrada do espaço cênico - Loft
    Preparação da cena e do Espírito dos Ventos -  " Ibutû Ceteeimbaê"
    Ensaio Geral com Luz



    quarta-feira, 22 de abril de 2015

    Curta Temporada de Biurá

    Aconteceu no fim de semana passado, 18 e 19 de abril, uma curta temporada de "Biurá - contas de sonhos" no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro.

    Desde a montagem até a última apresentação, foram dias de intensidades físicas, emocionais, memoriais e humanas.
    Da lembrança dos momentos de criação, dos sonhos, das imagens que surgiram nos laboratórios ..... da lembrança do silêncio e da solidão que acompanharam a pesquisa .... do contato físico com as contas e suas marcas, da presença do "Espírito dos ventos" e minha ancestralidade .......
    A essas lembranças - vivências, somaram-se outras: A homenagem a Helenita de Sá Earp, Professora Emérita da UFRJ falecida no ano passado,  mestra da minha formação, do meu movimento e da Dança que me move.
    O encontro com amigos de longa data, outros de curta data, os parceiros de alma e de caminhada. As palavras, gestos, abraços e encontros, através de Biurá e dos conteúdos que pertencem ao coletivo.
    Intensidades ......
    Abaixo o material gráfico de divulgação.



    terça-feira, 24 de março de 2015

    Texto - "O Fértil Corpo da Alma"

    Retornando .....
    ... a vida, aos sonhos, à Dança, ao corpo, a alma .....

    O encontro surge, quando menos esperamos, encontro das palavras que se fazem sugestões no texto de Renata Wenth, e na imagem de Manuel Estheim.

    Fotografia de Manuel Estheim
    Na terra psíquica, em nossas fantasias e sonhos, podemos nos envolver com pessoas diferentes, encontrar outras tantas e estar em tantos lugares sem sequer termos literalmente saído do lugar.
    No que seria fértil o corpo da alma? Aonde a alma ganha corpo? Como todos já sabemos, em um sentido junguiano e arquetípico, alma tem a ver com imagens, com emoções, com fantasias, sonhos e estados de humor – este é o corpo da alma.
    Mas, como o corpo físico, o corpo da alma (seu tom, seu sabor, sua consistência e conjunto) não é apenas dado, ele precisa ser cultivado. Há um trabalho a ser feito com a matéria prima dada. Pois todos sabemos que uma terra pode ser fecunda e apenas ser lotada de mato. Bem como todos sabemos que a alma pode ser fértil em promover vida estéril, não? Penso, por exemplo, na fartura da alma paranóide que em tudo encontra sentido. Seria isso fertilidade ou esterilidade?
    Resolvo assim: fertilidade e esterilidade se combinam, se entrelaçam. Sofremos as agonias desta composição. Um nasce do outro. Um pode matar o outro. De tão fértil a alma do louco se perde esterilmente em suas imagens e emoções; de tanta dor, de tanta ferida infértil pode brotar uma fertilidade anímica.
    O trágico vem, como já falamos, de nossas dores. E o estético, de quando com elas, as emoções e imagens, podemos fazer arte, de quando deixamos que façam arte conosco tocando nossos corações. Da emoção que permeia o lidar com o  trágico e o estético — destes laços emerge a fertilidade que a alma que tem corpo pode ter.
    Especialmente gosto quando Rafael López-Pedraza fala das emoções que vêm do interior e do exterior. As do interior  já falamos aqui bastante, mas sem a relação com o fora, com os olhos da alma das outras pessoas, nada fazemos, nada criamos. A fertilidade do outro nos fertiliza. Penso no quão bem faz vermos o como os outros olham as situações (e nos olham) de formas diferentes da nossa.

     Renata Wenth

    Texto publicado no site do Instituto Impar - Instituto Mantiqueira de Psicologia Arquetípica

    Fonte:
    http://www.institutoimpar.com.br/?p=1936
    Fonte da Imagem:
    https://www.flickr.com/photos/manuelestheim/