sábado, 27 de agosto de 2016

Dia do Psicólogo


"Skizo", Fotografia de Stefan Patay
 Hoje, 27 de agosto é comemorado o dia do Psicólogo.
Apesar de não ser Psicóloga, há algum tempo comemoro e reverencio este dia, pela feliz descoberta, não só de uma área de conhecimento, mas de um universo simbólico, carregado de nuances de vida, de perfumes, sonhos, novas danças, muito saber e de pessoas sensíveis e amigas que conheci e acolhi no coração.
Este ano esta comemoração tem um sabor especial, pelo fechamento de um ciclo que se iniciou há 13 anos, na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, com a pessoa que viria a se tornar além de orientadora, amiga, parceira e cúmplice, Elisabeth Bauch Zimmermann.
Tudo começou em 2003, quando pela primeira vez aventurei-me como aluna especial em uma disciplina que falava de criação e alguma coisa relacionada a inconsciente, que eu não entendia muito bem o que era, mas que parecia interessante e soava simpático. Não imaginava que este momento abriria um portal em minha vida, onde tudo se modificaria, a começar por mim. Elisabeth me apresentou Jung e sua teoria, a Psicologia Analítica: universo vasto, difícil, mas extremamente imagético que assumiu uma forma potente e criadora em meus dias.

"Biurá - contas de sonhos", Fotografia de David Abreu
Nestes treze anos, arrisco a dizer que quase tudo mudou em minha vida. Os acontecimentos e sonhos, passaram a ter outro valor; a vida passou a falar-me mais ao pé do ouvido, pelos ventos, flores, raízes, sorrisos e olhares. A dança transformou-se em meu corpo, potencializando movimentos e alcançando sentidos antes inexplorados. A arte transbordou pelos meus poros em fazeres que antes não me imaginava capaz.
Hoje vislumbro a construção de um caminho de pesquisa que se iniciou naquela disciplina em 2003, onde nasceu o primeiro espetáculo coreográfico baseado em imagens do inconsciente: “Skizo”. Depois dele, vieram anos de estudo e mergulhos no universo de Jung; o Mestrado e a construção de “Biurá – contas de sonhos”. Mais anos, mais estudos e a finalização do Doutorado com “faun.e”.

"faun.e" Fotografia de Rodrigo Faria
Neste caminho tenho muito a agradecer aos amigos junguianos que me acolheram e compartilharam muito do seu conhecimento em simpósios, congressos, aulas, palestras, cafés, filmes, longas conversas, longos abraços, cantorias matinais, sorrisos acolhedores e muito daquele inconsciente que fala, insinua, produz imagens e sincronicidades.
Parabéns amigos Psicólogos, e pelos simpatizantes deste universo. Obrigado por tanta vida nesta vida.
 Elisabeth Zimmermann, Liliana Valéria Abeid, Andréa Cunha, Raul Marques, Paulo Baeta, Fabiana Binda, Joel Giglio, Lunalva Chagas, Elizabeth Mello, Maddi Damian, Gladys Schincariol, Priscila Martins, Loiva Kerber, Adilson Nascimento, Tânia Villarroel, Cecília Zanatta (in memoriam), Durval Luiz de Faria.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

NIjinsky é inspiração na Música


Imagem da capa do álbum de Kip Winger



Kip Winger é um músico norte americano integrante da banda de hard-rock "Winger"  que inspirado em Nijinsky, compôs uma obra inteiramente nova em seu estilo musical, uma obra de Música Clássica. "Conversations With Nijinsky" é uma obra em quatro movimentos em seu primeiro albúm de Música Clássica.
Tamara Nijinsky, filha de Nijinsky, diz que Winger conseguiu capturar o coração e a alma de Nijinsky. Inspirado pela música em suas composições, aqui o contrário acontece: Winger inspira-se no artista para a construção de uma obra musical.



"Kip Winger Enters Classical Music World With Tribute to Choreographer Vaslav Nijinsky"

He’s come a long way since “Seventeen.” Once lumped in with the late ’80s hair metal acts, Kip Winger is still making music, but these days he’s expanded his scope to working in a different genre. Winger has announced plans to release Conversations With Nijinsky, Ghosts, A Parting Grace — a four-movement classical music tribute to the artistry of dancer and choreographer Vaslav Nijinsky.


“Conversations” is the centerpiece of Winger’s debut album as a classical composer, as he worked closely with the San Francisco Ballet Orchestra and conductor Martin West in bringing his musical vision to life. The disc was recorded at Skywalker Sound with the assistance of Grammy-winning recording engineer Leslie Ann Jones.

The album also features a recording of Winger’s ballet, Ghosts, which has been performed all over the world by the San Francisco Ballet Orchestra and is now making its way to CD after a nine-year period.

“Martin’s been conducting Ghosts with the San Francisco Ballet for about five years and they actually performed it all over the world, so in getting to know Martin, we discussed making an album and actually got it done,” says Winger in the teaser video above. “We recorded ‘Conversations With Nijinsky,’ ‘Ghosts’ and a new piece that I wrote this last month.”

Dame Tamara Nijinsky says of Winger’s work, 
”Kip Winger has captured my father’s heart and soul. Many have been inspired by Nijinsky in words and dance, but no one, until now, in music. Nijinsky was inspired by the music he heard. And now, Kip Winger, reminds us of Nijinsky’s genius with his work.


Fonte:
http://www.kipwinger.com/
http://loudwire.com/kip-winger-classical-music-tribute-choreographer-vaslav-nijinsky/
http://www.youtube.com/channel/UCgoiVnVBedvwbVb_iV3RFrg

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Arte em folhas


Nascido em Cáceres, na Espanha, Lorenzo Manuel Durán é um artista autodidata que desenvolveu uma técnica de expressão inovadora: cortar folhas. Segundo o próprio artista diz em seu site, a ideia foi juntar suas duas grandes paixões, a arte e a natureza. Sua técnica é semelhante à usada por artistas de stencil, que cortam imagens vazadas para grafitar paredes ou telar camisetas, por exemplo. Durán inovou ao produzir obras de arte com uma matéria prima super frágil e natural, uma folha.

 Lorenzo Durán iniciou sua trajetória como artista tardiamente, aos 36 anos. A princípio produziu trabalhos em óleo sobre tela, passando a buscar novas formas de expressão estética. Durán conta que sua inspiração para trabalhar com folhas partiu da observação de uma lagarta, dos recortes deixados por elas nas folhas que vão comendo. Como não havia nenhuma referência de como se cortar folhas, um material tão frágil, facilmente destrutível, Lorenzo foi, aos poucos, desenvolvendo sua própria técnica, na base da tentativa e erro. Interessante é que o artista faz questão de explicitar qual a espécie de planta forneceu a folha de cada trabalho seu.



Lorenzo diz: Acredito que cada objeto da natureza ou ser vivo tem impresso em sua forma a arte, em sua mais pura essência. As cores de uma borboleta, o cristal em estado bruto, a majestosa árvore… São formas de arte que nos deleitam os sentidos, e para mim são um bom meio de criatividade, a natureza.”

Declaração do artista por ele mesmo:

"Inspirado por una oruga decidí cortar hojas de plantas del mismo modo en que otros artistas lo hacen con el papel, esa idea cautivó toda mi mente porque me pareció una magnífica oportunidad para combinar dos de mis verdaderas pasiones: el arte y la naturaleza. Mis diseños figurativos o geométricos salen principalmente de mi innata observación de la naturaleza y de la metamorfosis personal por la que he pasado en los últimos años.

El utilizar un medio natural como es la hoja me hizo entender que tal vez estaba frente a la oportunidad de reflejar mi respeto al medio ambiente. En lo personal, mi vida siempre ha estado ligada de una forma u otra a la naturaleza. Mi fascinación por los animales y las plantas desarrolló en mí la curiosidad hacia ellos, viéndolos como una parte imprescindible de nuestra vida. Por otro lado mi afición a las montañas me hizo comprender lo insignificantes e importantes que somos a la vez en este gran juego de la vida. Para mí una planta es un complejo mecanismo de síntesis de energía, y una simple hoja oculta misterios que sólo el tiempo desvelará.

Y ya pensando en la importancia de los ecosistemas, donde el árbol es sobre lo que gira una gran cantidad de especies y al que por lo tanto hay que cuidar, me ha venido a la mente la siguiente frase que procuro no perder de vista:

“El entorno es una de las partes esenciales de un ser vivo”. (Jorge Wagensberg)"

(Fonte: site do artista)

Peter Pan - 2014






Para conhecer mais sobre o trabalho desse artista, visite seu website


Referências
http://semema.com/arte-em-folhas-de-lorenzo-duran/
http://www.labcriativo.com.br/lorenzo-duran-e-sua-arte-nas-folhas/