Hailton Mangabeira e sua intervenção no GEPEC |
A narrativa é uma construção coletiva, onde múltiplas vozes soam e
ressoam ao mesmo tempo. Existindo na história, desde o inicio dos
tempos nas mais variadas sociedades, ela carrega as experiências que
o homem acumula, do mundo que ele percebe, sente e observa.
A narrativa é a ação de trocar experiências, de promover leituras
diferentes de mundo, de promover olhares e subjetividades. Todo o
texto se modifica com tempo, vai ganhando simbolismos e significações
de acordo com as experiências que vão sendo vivenciadas. Dai
pode-se imaginar a riqueza que um texto possui, pois ele é uma
abertura à múltiplas construções não só entre as diferentes
individualidades, mas também para o mesmo leitor (em épocas
distintas).
A experiência constrói sensibilidades, constrói a razão e o
entendimento do mundo. A narrativa é a experiência de compartilhar
experiências. A história como descrição dos fatos ocorridos, é
uma leitura possível de uma experiência, e não uma verdade, e os
mitos são narrativas históricas, onde a magia das construções potencializam sua existência através dos tempos.
A narrativa não existe apenas na forma verbal e ortográfica. O
homem expressa narrativas através de gestos, movimentos e sons. A
Arte foi a primeira narrativa do homem, através da pintura e da
dança, mas com o desenvolvimento da grafia e da razão cartesiana,
este tipo de narrativa foi sendo desvalorizada pela sociedade. Uma narrativa pode produzir inúmeras imagens que podem se desdobrar
em suportes diversos gerando repercussões e ressonâncias.
A intervenção de Hailton Mangabeira, poeta e cordelista, no GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada - assim como na disciplina “ Tópicos Especiais em Arte e Contexto - Relacionando o processo de criação artística com temas da psicologia profunda”, ministrada pela Professora Doutora Elisabeth Bauch Zimmermann, trouxe um tipo específico de narrativa, o Cordel, repleto de imagens e sentidos de uma cultura viva, que moveu sentimentos e lembranças nas pessoas presentes.
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Hailton Mangabeira em intervenção prática no Instituto de Artes |
Mais fotos destes encontros na página O Diálogo com Paulo Freire.
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